segunda-feira, 5 de maio de 2008

A cada um o seu paxalique



Paxalique: Província governada por um Paxá (do turco paxalik).

Alertada pela Cidadã G., essa fonte inesgotável de bons conselhos, tomei conhecimento, a propósito do livro O Renegado, cujo resumo do conteúdo podem ver aqui, de um novo (para mim) termo: o paxalique.

O romance traz, aliás, um pequeno glossário para orientar os leitores. Quanto a Fernando del Pozo, mais tarde Solimão Qurtubí, paxá de Tombuctu, personagem central deste livro, o melhor mesmo é perderem um pouco de tempo, ganhando em conhecimento, a lê-lo.

A cada um o seu paxalique.

10 comentários:

Alberto Oliveira disse...

Este Solimão, paxá de Tombuctu, andava perdido nos esconsos de uma memória que já não é como dantes. Na próxima ida à Fnac darei "uma voltinha" no book para avivar a dita cuja. No tempo em que os homens ainda decidiam do seu destino(?!) o bom-gosto não seria a palavra de ordem. É que de Fernando para Solimão, quem não caia daí a baixo era eu...

Sorrisos e óptima semana.

Leonor disse...

Legível

pois, a minha memória também já não é o que era...
Tb gostei da frase, claro... (embora perceba o contexto da publicidade)

Boa semana

Anónimo disse...

Olá, Leonor!

Passei por aqui e gostei do teu blog.

Abraços pernambucanbaianos...

Germano
www.clubedecarteado.blogspot.com

Rui disse...

Confesso que só conhecia o Chelique.

Gi disse...

Mais um para acrescentar à lista parece-me interessante.

E agora coisas menos sérias. Ao ler o resumo lembrei-me do poema do António Gedeão sobre Filipe II
que acho uma delícia. Mostra também o "poder" que ele tinha

Filipe II

tinha um colar de oiro
tinha um colar de oiro
com pedras rubis.
Cingia a cintura
com cinto de coiro,
com fivela de oiro,
olho de perdiz

Comia num prato
de prata lavrada
girafa trufada,
rissóis de serpente.
O copo era um gomo
que em flor desabrocha,
de cristal de rocha
do mais transparente.

Andava nas salas
forradas de Arrás,
com panos por cima,
pela frente e por trás.
Tapetes flamengos,
combates de galos,
alões e podengos,
falcões e cavalos.

Dormia na cama
de prata maciça
com dossel de lhama
de franja roliça.
Na mesa do canto
vermelho damasco
a tíbia de um santo
guardada num frasco.

Foi dono da terra,
foi senhor do mundo,
nada lhe faltava,
Filipe Segundo.
Tinha oiro e prata,
pedras nunca vistas,
safira, topázios,
rubis, ametistas.

Tinha tudo, tudo
sem peso nem conta,
bragas de veludo,
peliças de lontra.
Um homem tão grande
tem tudo o que quer.
O que ele não tinha
era um fecho éclair.

Antonio Gedeão

e agora ainda menos sérias

essa imagem do D. Senastião era a minha preferida do livro de história da 4ª classe. secretamente tinha uma paixão assolampada pela figurinha. Devia sonhar ser princesa , não sei, só me lembro de querer ser bailarina .


O que para aqui vai, tenho que deixar de comentar a estas horas :)

um beijo

Leonor disse...

Olá Germano

Já dei um pulo ao teu blog mas tenho que voltar com mais tempo.

Eu, que nunca fui ao Brasil, desde que tenho o blog, tenho viajado bastante para lá!!

volte sempre

Leonor disse...

Rui

bem lembrado, tinha-me esquecido desse... já vou ver a origem da palavra

Leonor disse...

Gi

os teus comentários são sempre surpreendentes. Não conhecia aquele poema do Gedeão, mas achei delicioso. quando cheguei ao D. Sebastião, já nem percebia porque é que estavas a falar dele... (senilidade precoce...)
mas sonhar ser princesa, acho que, secretamente, todas desejamos (e eu estou a comentar às 16h), passa é rapidamente (felizmente ou talvez não, consoante as perspectivas)

mas logo pelo D. Sebastião???

Gi disse...

Tinha uma cara redondinha, era lourinho e naquela idade as prefer~encias íam para os louros.
É a única desculpa que me lembro, querias que gistasse de quem? Do D. Afonso henriques e a sua armadura? Os livros naquela altura tinham poucas ilustrações e não havia net para ver os outros jeitosos do reino :)

tenho mesmo que deixar de comentar a estas horas :)

Beijos

Leonor disse...

Gi

também tive a minha fase dos louros, claro, mas queres acreditar que se me pedissem para descrever o D. Sebastião não me passava pela cabeça dizer que era louro??? sempre achei que tinha cara de bebé...
sim, mas tens razão, era capaz de ser dificil, com aquela idade, gostarmos do D. Afonso Henriques (espero que ninguém me leia....)
ahahah