terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Tempos e modos



E como tirei férias, preparei bem os dias, as músicas e as leituras... eis que, para não destoar de grande parte da população, estou constipada!!! Aliás, e para ser mais precisa, eu e o elemento felino cá de casa.
Passear, ver aquela exposição que faltava, ir ao cinema e ao teatro... nãããão... é muito mais interessante ficar em casa a dar xaropes ao gato:)))

domingo, 28 de dezembro de 2008

Férias (e leituras)




Este ano, e pela primeira vez, deixei uns diazitos de férias para esta altura.
Não indo para os Brazis passar o Ano, vou aproveitar para fazer uma coisa da qual tenho imensas saudades: passar parte substancial do dia a ler. E ouvir música, bem entendido.
Para isso não preciso exactamente de andar à procura como aqui o senhor ao lado (The Bookworm, de Carl Spitzweg), já que alguns livros vão sempre ficando na pilha dos que vou ler a seguir...
Não preciso, mas tenho pena de não ter uma biblioteca assim...
Então tenham uns Bons Dias de férias ou trabalho, com algumas leituras!

quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

E quando se aproxima o dia

Aqui fica um registo de Billie Holiday: God bless the child

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Frank Sinatra e Bing Crosby –christmas tv special

E, para quem está farto de ouvir a Doris Day, aqui fca um registo musical mais calmo; um dueto entre Sinatra e Bing Crosby

Espero que gostem!

Boas Festas, Feliz Natal


Giotto, Scènes de la vie du Christ: La Nativité (1304-1306)

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Dentadas


E enquanto passamos… quase apetece agarrar nele. Não é exactamente um bolo natalício, but who cares? O pior é se o Pai Natal não responde à lista da Blue... lá teremos que começar o Novo Ano em regime... (algumas pessoas não sabem a sorte que têm...)
A descoberta essa é da Ana.

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Leituras Natalícias



E em plena época de Natal, eis uma leitura que se faz bem, adequada ao tema.
Fazendo um périplo entre as fontes, a vida de Jesus, os actores do Novo Testamento, as representações iconográficas e uma pequena história do Cristianismo dos primeiros anos, este número especial da revista Le Point é uma fonte de informações extremamente interessante.
Então Boas Leituras!

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Selecção Musical de Natal



E, adaptando os Registos à época, aqui fica Here cames Santa Claus, cantado pela Doris Day.

Então tenham uma boa semana!

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Vidas com músicas

Fui recentemente desafiada pela Blue. Mas como a minha vida anda um pouco agitada, só agora publico a minha resposta.


O Desafio consiste em responder a estas perguntas, com títulos de canções de um só artista ou grupo. Depois de muito reflectir (e de muito consultar nomes de canções) achei que só podia escolher The Rolling Stones.
Se é verdade que hoje em dia ouço mais jazz e música clássica, não é menos verdade que cresci com a música deles. De resto, foi a minha primeira escolha. (Ou teria optado por canções do Cole Porter…)

As perguntas são as que se seguem:
1. És homem ou mulher? Suzie Q.
2. Descreve-te? (I can’t get no) Satisfaction
3. O que é que a pessoas pensam de ti? Cool, calm and colected
4. Como descreves o teu último relacionamento? Yesterday’s Papers
5. Descreve o actual estado da tua relação? Something happened to me yesterday
6. Onde querias estar agora? 2000 Light years from home
7. O que pensas a respeito do amor? Everybody needs somebody to love
8. Como é a tua vida? Like a rolling stone
9. O que pedirias se pusesses pedir um desejo? Shine a light
10. Escreve um frase sábia. You can’t always get waht you want (but if you try sometimes, you get what you need)
Do desafio também consta colocar uma fotografia nossa e nomear 5 blogs para continuar o desafio. Como já conhecem a minha fotografia actual, achei mais apropriado uma imagem minha inédita e mais do tempo da maior parte das músicas: aqui me têem no baptizado da minha irmã mais nova, pelos idos de 1967.

Quanto às nomeações, e pensando em pessoas (que eu acho) “musicais”, aqui seguem:

Ka - Blog da Ka
Paulo Tomás Neves – Algibeira
Teté – Quiproquó
Oliver – O Melhor Blog sobre Nada

E finalmente, e com a maior das latas porque ainda não respondi a outro desafio:
E para concluir este post, aqui ficam dois videos dos Stones.
O primeiro é mesmo Satisfaction, em versão porventura da mesma data que a minha fotografia. O segundo é Like a Rolling Stone. Mais actual, mais próximo da minha realidade hoje em dia.
+

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Cantar o Natal – 1

Para quem ainda é do tempo, lembram-se do Alvin?


Cidade de Livros

Aqui está uma cidade onde não me importava nada de viver… O vídeo é fantástico, a descoberta foi no Bibliofilmes. Espreitem que vale a penaJ)



This Is Where We Live from 4th Estate on Vimeo.

Inquietações

Mote
De que me serve fugir
De morte, dor e perigo?
Se me eu levo comigo.

Voltas
Tenho-me persuadido,
Por razão conveniente,
Que não posso ser contente,
Pois que pude ser nascido.
Anda sempre tão unido
O meu tormento comigo,
Que eu mesmo sou meu perigo.

E se de mi me livrasse,
Nenhum gosto me seria.
Que, não sendo eu, não teria
Mal que esse bem me tirasse
Força é logo que assim passe:
Ou com desgosto comigo,
Ou sem gosto e sem perigo.

Luis Vaz de Camões

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Lixo


No meio desta bendita greve, e, quando se vê tanto lixo quer às portas quer ao pé dos eco-pontos, aqui fica um projecto interessante dos nossos criadores nacionais com pelo menos 50% de aproveitamento de materiais reciclados: O Remade Portugal.

Trata-se de uma transposição de um projecto original italiano (Remade in Italy) com o objectivo de incentivar à criação e desenvolvimento de produtos cuja composição integre uma percentagem de, pelo menos, 50 % de matéria proveniente de processos de reciclagem.

Para quem esteve mais atento, a exposição, jogos e workshops decorreu no Museu da Electricidade em Novembro, onde era possível não só ver a reciclagem de materiais a ser feita (através de vídeos) como também o objecto final – com criações de:
Aqui ficam algumas imagens. As peças essas podem, no entanto, continuar a ser adquiridas, na loja on-line.

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

E enquanto se afinam as vozes...

Aqui ficam algumas imagens de um dos intervenientes nas canções de Natal: a rena Rudolfo


sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Falar com a Família

Estamos em plena época natalícia, época essa que a mim me diz muito. Por ser católica, pela comemoração que fazemos nesta altura, naturalmente.

Sem me deter a falar sobre o Advento, ou mesmo o Presépio, já muito bem explicados aqui na Blogosfera, e sem que saiba “decorar” este meu espaço condignamente, como gosto de fazer em casa e mesmo no local de trabalho, muito embora continue a fazer o que sempre se fez em minha casa (passeio dos Reis Magos pelas várias prateleiras, até ao dia 6, colocação do Menino Jesus apenas à meia-noite do dia 24), venho falar-vos de outra participação activa nesta época; a Família.

Não imaginando passar o Natal sem a Família (presente ou ausente), é também época de jantares e almoços familiares, com a reunião de familiares que, às vezes, só avistamos nesta altura. E porque a Família também se faz de histórias, aqui deixo uma excelente e imaginativa iniciativa dos Arquivos Nacionais Ingleses: Falar com a Família.

Quer sejamos meros curiosos com a história imediata, quer queiramos ir mais ao fundo e “descobrir” parentes mais afastados e vivências de outras épocas, falar com a nossa Família é sempre o eixo fundamental. E daí partimos para outras buscas, porventura já nos Arquivos.

Não se limitando ao óbvio, mas antes dando conselhos sobre como, depois das conversas familiares, podemos tratar e guardar a nossa documentação (seja qual for), é uma iniciativa bastante interessante e de alcance universal.
Os Arquivos também servem para isto!

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Já repararam na Sá da Costa?



Para quem não está a ver, mesmo com estas fotografias, retiradas daqui, estou mesmo a falar da nova (velha) Livraria Sá da Costa.

Depois de ter sido comprada pela Fundação Agostinho Fernandes, que irá inaugurar também uma nova Buchholz já no próximo dia 11, a Livraria Sá da Costa abriu ao público, não só com um horário compatível com quem trabalha (das 10h às 23h) como também tem a venda os fundos do catálogo Sá da Costa. Aqueles mesmos que já não se conseguiam encontrar/comprar…


O meu passeio de hoje encantou-se com a Colecção Sá da Costa infantil, com textos de Maria Isabel César Anjo e ilustrações de Maria Keil.

Aqui fica uma do livro sobre o Inverno.

Em que é o tempo
em que sabe bem
estar à lareira
e ouvir contos.

Vale a pena ir espreitar!



Lendo


Perante esta fotografia, que retirei daqui, apetece caminhar pela leitura... Eu, neste momento, caminho com o elefante Salomão, a caminho de Valladolid. Obviamente com as palavras de Saramago, na Viagem do Elefante. E vocês, estão a ler o quê?

Cor e Movimento



Cor, movimento, luz, ritmo, alegria, dança



Foram estas as palavras que me vieram à cabeça quando vi o Ballet Nacional de Espanha.

Uma muito agradável surpresa!

Para quem não conhece/viu, aqui fica uma pálida amostra:

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Selecção Musical


E esta semana, mudança para o Oscar Peterson Trio, no album With Respect to Nat.
O que estão a ouvir é a terceira música: Walkin' My Baby Back Home
Boa semana, com boa música:))

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

X de Xavier
















Hoje é o dia X. De Xavier. Em azul, quando olhamos, ou verde, quando passeamos no jardim, ou castanho quando estamos em casa.




Mas também dos X à volta: dos jogos de xadrez, das "xitas" que correm depressa. E dos X para ilustrar, muitos, muitos desenhos que aí se prometem...

E para dar prendas!!!



Laudas a Galileu

Viajando por aí, “descubro” este Poema para Galileu, de António Gedeão.

Poema para Galileu

Estou olhando o teu retrato, meu velho pisano,
aquele teu retrato que toda a gente conhece,
em que a tua bela cabeça desabrocha e floresce
sobre um modesto cabeção de pano.

Aquele retrato da Galeria dos Ofícios da tua velha Florença.
(Não, não, Galileu! Eu não disse Santo Ofício.
Disse Galeria dos Ofícios).


Aquele retrato da Galeria dos Ofícios da requintada Florença.Lembras-te?
A ponte Vecchio, a Loggia, a Piazza della Signoria...
Eu sei... Eu sei...
As margens doces do Arno às horas pardas da melancolia.
Ai que saudade, Galileu Galilei!

Olha. Sabes? Lá na Florença
está guardado um dedo da tua mão direita num relicário.
Palavra de honra que está!
As voltas que o mundo dá!
Se calhar até há gente que pensa
que entraste no calendário.

E eu queria agradecer-te, Galileu,
a inteligência das coisas que me deste.
Eu,e quantos milhões de homens como eu
a quem tu esclareceste,
ia jurar - que disparate, Galileu!
- e jurava a pés juntos e apostava a cabeça
sem a menor hesitação
-que os corpos caem tanto mais depressa
quanto mais pesados são.

Pois não é evidente, Galileu?
Quem acredita que um penedo caia
com a mesma rapidez que um botão de camisa ou que um seixo da praia?
Esta era a inteligência que Deus nos deu.

Estava agora a lembrar-me, Galileu,
daquela cena em que tu estavas sentado num escabelo
e tinhas à tua frente
um guiso de homens doutos, hirtos, de toga e de capelo
a olharem-te severamente.

Estavam todos a ralhar contigo,
que parecia impossível que um homem da tua idade
e da tua condição,se estivesse tornando um perigo
para a Humanidade
e para a civilização.

Tu, embaraçado e comprometido, em silêncio mordiscava os lábios,
e percorrias, cheio de piedade,
os rostos impenetráveis daquela fila de sábios.
Teus olhos habituados à observação dos satélites e das estrelas,
desceram lá das suas alturas
e poisaram, como aves aturdidas - parece-me que estou a vê-las -,~
nas faces grávidas daquelas reverendíssimas criaturas.

E tu foste dizendo a tudo que sim, que sim senhor, que era tudo tal qual
conforme suas eminências desejavam,
e dirias que o Sol era quadrado e a Lua pentagonal
e que os astros bailavam e entoavam
à meia-noite louvores à harmonia universal.
E juraste que nunca mais repetirias
nem a ti mesmo, na própria intimidade do teu pensamento, livre e calma,
aquelas abomináveis heresias
que ensinavas e escrevias
para eterna perdição da tua alma

Ai, Galileu!
Mal sabiam os teus doutos juízes, grandes senhores deste pequeno mundo,
que assim mesmo, empertigados nos seus cadeirões de braços,
andava a correr e a rolar pelos espaços
à razão de trinta quilómetros por segundo.

Tu é que sabias, Galileu Galilei.
Por isso eram teus olhos misericordiosos,
por isso era teu coração cheio de piedade,
piedade pelos homens que não precisam de sofrer, homens ditosos
a quem Deus dispensou de buscar a verdade.

Por isso, estoicamente, mansamente,
resististe a todas as torturas,
a todas as angústias, a todos os contratempos,
enquanto eles, do alto inacessível das suas alturas,
foram caindo,
caindo,
caindo,
caindo,
caindo sempre,
e sempre,
ininterruptamente,
na razão directa dos quadrados dos tempos.

Que, por esta interessante iniciativa do jornalista António Granado, do Público é aqui lido por vários cientistas portugueses. É bom ver projectos assim!

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

O Regresso dos Animais






Não, desta vez não vou falar dos de quatro patas com quem convivo ou já convivi… mas sim de uma exposição muitíssimo interessante a decorrer no renovado Museu das Marionetas.

Instalado desde 2001 no Convento das Bernardas, imóvel de interesse público, fundado em 1653 e actualmente na posse da Câmara Municipal de Lisboa, este Museu beneficia de uma área envolvente já de si interessante. Mas tem muito mais do que isso.

Estes “animais” que vêm nas imagens, alguns das quais beneficiam grandemente com a visão in loco, fazem parte da colecção de marionetas e máscaras do Mali exposta no espaço da antiga capela, o que ainda lhes dá mais destaque.

Mas Regresso dos Animais também porque é a tradução literal da palavra Sogobó; uma prática social (e teatral) levada a cabo pelas associações de jovens nas vilas do Mali. Na verdade, animais ou suas fantasias, utilizados como disfarce, ao serviço de uma representação artística livre.

Pena mesmo é que, face à qualidade, quantidade e novidade dos objectos expostos, não haja um catálogo que nos permita conhecer um pouco melhor esta realidade.

No entanto, “youtubando” o termo (e porque me era difícil imaginar a utilização de algumas das máscaras expostas) fui parar aqui:



terça-feira, 25 de novembro de 2008

Bons Dias

E, depois de um fim de semana meio engripada, com a luz e tempo que está hoje, apetece dizer (alto) Bom Dia:))
Não talvez de uma forma tão entusiástica, como no video abaixo, mas uns Bons Dias cheios de boa vontade...

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Todos Nós Nascemos Livres


(mas uns são mais livres que outros)

Trata-se, como é óbvio, do princípio do 1º artigo da Declaração Universal dos Direitos do Homem, assinada pela Assembleia Geral da ONU, a 10 de Dezembro de 1948, cujo enunciado completo é:

"Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos.
Dotados de razão e de consciência, devem agir uns para com os outros em espírito de fraternidade".

Comemorando-se este ano o 60º aniversário da Declaração, e tendo em atenção um público privilegiado, foi hoje lançado pelas Edições Paulinas, em colaboração com a Amnistia Internacional Portugal, o livro Todos Nós Nascemos Livres, a Declaração Universal dos Direitos do Homem ilustrada.

Trata-se de uma tradução, adaptação e ilustração dos princípios que norteiam a Declaração, e, que nesta edição portuguesa beneficia ainda de um texto introdutório de Matilde Rosa Araújo e Fernanda de Freitas.

Todos nasceremos livres, é certo, mas é fundamental que o saibamos. Este livro vem assim informar e divulgar princípios tão importantes quanto esse a um público infanto-juvenil que o merece saber.

E, na sequência da publicação, aqui fica o correspondente vídeo:

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Nano Arte





Não faço ideia se o termo existe, claro... mas é o que apetece chamar quando vemos estas criações de Willard Wigan. Se não, como qualificar estas representações de Henrique VIII e as suas mulheres, o Feiticeiro de Oz e a Branca de Neve em buracos de agulha, ou Elvis Presley na cabeça de um prego? E o que dizer do gato num verdadeiro pelo de gato?
Aqui está uma arte para a qual eu não teria certamente qualificações... a começar pela paciência enorme que deve exigir:))
Visitem a galeria; há muito mais exemplos... bastante curiosos, aliás. Ah, e também dá para comprar. Sim, porque uma peça destas pode ir até perto de 400 £ !!!






















terça-feira, 18 de novembro de 2008

Selecção Musical


Não sei já quantas versões conheço desta música, mas são algumas.
Quando vi que, no novo album da Maria João e do Mário Laginha constava o I’ve Grown Accustomed to His Face, não hesitei em seleccioná-la para aqui. Gosto bastante da música, e calculei que ia gostar da versão. Acertei


Esta semana há ainda a versão audiovisual. Aqui fica

Um Poema

Um poema cresce inseguramente
na confusão da carne.
Sobe ainda sem palavras, só ferocidade e gosto,
talvez como sangue
ou sombra de sangue pelos canais do ser.

Fora existe o mundo. Fora, a esplêndida violência
ou os bagos de uva de onde nascem
as raízes minúsculas do sol.
Fora, os corpos genuínos e inalteráveis
do nosso amor,
rios, a grande paz exterior das coisas,
folhas dormindo o silêncio,
as sementes à beira do vento,
- a hora teatral da posse.

E o poema cresce tomando tudo em seu regaço.

E já nenhum poder destrói o poema.
Insustentável, único,
invade as casas deitadas nas noites
e as luzes e as trevas em volta da mesa
e a força sustida das coisas
e a redonda e livre harmonia do mundo.
- Em baixo o instrumento perplexo ignora
a espinha do mistério.

- E o poema faz-se contra a carne e o tempo.

Herberto Helder

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Dar

aplicar, e receber

É o chamado Girl effect.


quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Animais


Toda a minha vida tem sido acompanhada por animais “de estimação” ou domésticos, se preferirem. Vão variando em número e espécie, mas têm estado sempre presentes: cadelas, periquitos, tartarugas, hamsters, peixes e o que mais nos tivéssemos lembrado, suponho…

Ultimamente, passei de dona de cães, para dona de gatos, transição essa que me trouxe algumas reprovações familiares, quando uma das minhas irmãs me disse que a minha cadela deveria estar (no céu dos cães) a encarar isso como uma traição…

Seja qual for a espécie – cão ou gato - cada animal é um caso, tem a sua “personalidade” própria, como tenho tido ocasião de constatar. Para além dos mais independentes, mais afectuosos, tenho, com os gatos, desenvolvido novas designações, mercê de características específicas que vou observando; gato mais tipo gato, gato mais tipo cão (palavra que alguns comportamentos de gatos SÃO parecidos com os dos cães), e, ultimamente, em honra de um recente habitante, o gato Jeremias, gato Mias para um certo Quico, gato Scottex… sim, porque o Jeremias, qual cão do anúncio, desde que percebeu que aquele rolo podia ser desenrolado, entretém-se a desenrolá-lo e a passear o papel pela casa toda… e eu, da primeira vez que vi nem queria acreditar… achei que só os cães é que faziam aquelas graças…

Por isso, quando recebi este Cat Mummy, de outra dona de gata, pensei: aqui está um excelente assunto para o Registos:))

Cyrano

E, falando em narizes, o dia não ficaria completo sem a famosa cena do nariz do filme Cyrano de Bergerac, desta vez (muito bem) interpretada por Gerard Depardieu

Aqui fica



A todos os narizes grandes


Quando penso literariamente em narizes grandes, é normal que me lembre de Cyrano de Bergerac. Aparentemente não sou a única.


Tay-Marc Le Thant, possuidor de um nariz grande, herdado de seu pai e a quem dedica o livro, decidiu mesmo fazer uma nova narrativa à roda da história de Cyrano de Bergerac. A este projecto aliou-se a ilustradora Rebecca Dautremer, dando origem a um livro (não só) grande, como lindo de se ler e ver.

Transpondo a acção para outra parte do mundo, mas mantendo a os principais intervenientes, a história lê-se num ápice, abrilhantada pelas ilustrações de Rebecca.

Aqui estão dois nomes a reter!

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Castanhas

E em Dia de São Martinho, nada como umas boas castanhas assadas, para aquecer as mãos, e tirar a barriga de misérias por desde o ano passado não comermos castanhas...
Enquanto isso, lembrar os vendedores de castanhas assadas, nestas imagens retiradas do Arquivo Fotográfico da Câmara Municipal de Lisboa, esse excelente manancial de imagens para a história da cidade.















Aqui fica também uma alternativa às castanhas assadas, a castanhada. É óptimo:))

Castanhada
Ingredientes:
1,500 kg de castanhas
800 grs. a 1 kg de açúcar
1 vagem de baunilha

Confecção:
Coza as castanhas descascadas mas com pele.Despele-as em quente e passe-as pelo passe-vite.À parte, prepare uma calda de açúcar em ponto de pérola usando 1 kg de açúcar para cada quilo de puré de castanha.Depois de misturar a calda no puré de castanha, junte a baunilha e leve-a novamente ao lume, mexendo sempre até fazer estrada.Guarde-as em frascos bem fechados.
Retirado daqui

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Ballets

Há já algum tempo que não registo aqui nenhum momento de dança… nem tão pouco vou ver algum espectáculo, e tenho perdido dos bons… mas a preguicite instalou-se cá em casa:))

Hoje, quando achei que uma boa maneira de começar a semana, seria precisamente a dançar, não resisti a deixar aqui esta pequena “dança” efectuada por Charlie Chaplin.
Na verdade, não se dança só com as pernas…


sábado, 8 de novembro de 2008

Arte Pública


Numa Lisboa em que os prédios devolutos continuam a ser em grande número, eis aqui uma forma de melhorar o aspecto das ruas em que eles existem... e possibilitar a expressão artística de quem ousou dedicar o seu tempo e arte a pintar os números 225 a 229 da Rua de São Bento.
E melhorar também a qualidade visual, se se pode chamar assim, de quem por ali passa, que, em vez de ver (mais) um prédio entaipado à espera de umas eternas obras, vê apenas a pintura, quase em modo de história, já que a pintura das portas está toda ligada entre si.


























No prédio imediantamente a seguir, talvez contaminado com a presença de uma decoração interessante, alguém achou que, mesmo em prédios habitados, valia a pena dar-lhes cor, história, e mais alguma razão para olharmos.
E olhamos, de facto!
Uma nova forma de personalizarmos as nossas casas?