sábado, 26 de abril de 2008

Whisky, uísque, uísqui ou, porque não, visque?

Aprendi, na passada quinta-feira, que a palavra Whisky não se escrevia assim, mas antes uísque e isto parece que já há algum tempo.

Não podia ser maior a minha perplexidade, já que ia jurar que nunca tinha lido nenhum livro onde essa palavra estivesse assim escrita, mas parece que, nos livros da Colecção Dois Mundos, há vinte anos, já se encontrava tal grafia… e se eu li livros dessa colecção!

Entretanto novas formas de escrita vão aparecendo e, se lerem o Primeiro as Senhoras, do Mário Zambujal, lá encontram algumas relativas a estrangeirismo alcoólicos e não só, como podem ver aqui.

Mas descansem os mais puristas: parece que whisky sempre se pode escrever, apesar de ter que ser grafado em itálico… manias de revisores de texto.

Mentira. Ultimamente tenho aprendido a importância dos revisores na feitura dos livros. Da próxima vez que comprar um livro vá ver o nome do revisor. Ou se tem revisor. Posso agora garantir que faz toda a diferença.

E.T. - o carro da minha mãe tem e sempre teve claxon. Não uma vulgar buzina. E no entanto, os dicionários, já com o acordo ortográfico antigo, ainda têm essa entrada, mas whisky não. Dá para entender?

24 comentários:

Paulo Tomás Neves disse...

A flata que faz uma actualização, nem precisava de ser anual, do vocabulário da Língua Portuguesa, como fazem em França com o francês.
O que vale é que a plalavra estrangeira, ainda que grafada em itálico, serve, vai servindo, servirá, e não deixa ninguém na dúvida.
Coisas da(s) língua(s)!
:-)
Bom fim-de-semana, Leonor.

Heduardo Kiesse disse...

Amiga Leonor obrigado pelo carinho e pela ternura que me dedicas, tem um bom domingo!

beijinhos fraternos...

Anónimo disse...

As coisas que tu descobres... e lá aprendi mais uma coisa.
bjocas

Gi disse...

Leonor

Ufff , que alívio. Menos um erro que cometo de há uns anos para cá :). Não fazia a mínima ideia Leonor. Já agradeci no blogue do Helder este momento de cultura, faço-o aqui também. Obrigada.

Um beijo e resto de bom Domingo, ou oq ue sobra dele ...

Gi disse...

Ah! Do Mário Zambujal só li há muitooooooooooooos anos, a Crónica dos Bons Malandros. Anda esquecido faz muito como podes verificar :)

Outro beijo

São disse...

Não, Leonor, não dá para entender...mas , já agora, Portugal dá para entender?!
Feliz semana.

Leonor disse...

Paulo

Pois é, também acho que esclarecia algumas coisas. Mas o itálico, felizmente, serve para muito...

Boa semana, agora que parece que vamos ter menos calor (finalmente, digo eu)

Leonor disse...

Eduardo

Não tens de quê... e já tiveste mais insónias?

boa semana

Leonor disse...

Jasmim

Fui confirmar, mas só podias ser tu. Estás a ficar como o Pessoa. Já tens uma arca?

mas esta, por acaso, não descobri, é essa a graça... veio ter comigo, enfim. E se gozaram comigo, a dizer que eu andava distraída.Pois olha, eu só porque tive um fim de semana agitado é que não me empoleirei para ir buscar algum livro da Dois Mundos, porque das duas uma: ou nunca vi escrito assim, ou então sou mais distraída do que penso...
Mas a minha mãe poder continuar a dizer claxon (conheces alguém que diga claxon????) isso é que acho do outro mundo !!!!

beijos, boa semana

Leonor disse...

Gi

pois estou mais aliviada. Tenho andado para aí a perguntar a toda gente como é que escreve o que bebe... já dava para fazer uma estatísticazinha lol

beijinhos, tem uma boa semana

Leonor disse...

então lê este, Gi. Li-o sexta e foi começar e acabar na mesma tarde, coisa que já não fazia há muito tempo, até porque não me posso dar a esse luxo em termos de tempo. Mas é muuuuuuuito bom.

Leonor disse...

São

ah bom, é melho nem pensarmos assim, ainda agora vai começar a semana. E para quando mais passeios?

boa semana

Jorge P. Guedes disse...

Leonor, boa noite.

os estrangeirismos são palavras que entram na língua de forma mais ou menos natural. Diria que é uma espécie de direito consuetud
inário dos vocábulos.
Com whisky, a entrada deu-se há muito tempo, teve depois um decréscimo de uso devido a uma época de purismo da língua em que se aportuguesavam todos esses vocábulos. Aconteceu com os nomes de muitas cidades, como Nuremberga, Hamburgo ou Francoforte, por exemplo, achando eu horrível este último. Surgiu então a aportuguesada grafia de "uísque", a única correcta em português sem itálico, mas que nunca se interiorizou no ideolecto da maioria das pessoas.
claxon, vocábulo de origem inglesa, entrou e assim continuou pois não havia qualquer necessidade de adaptação da grafia.
O facto de não surgir em alguns dicionários terá a ver, penso, com a menor utilização hoje em dia, preferindo os falantes o vocábulo "buzina".
Contudo, em minha opinião, tanto whisky como claxon têm direito a figurar no nosso léxico como estrangeirismos.

Quanto aos revisores de texto, minha cara amiga, são necessários, OS BONS, como de pão para a boca, mas os custos... enfim...

AH! Em jeito de humor, um bom whisky e um sonoro claxon dão, um, prazer e o outro maior segurança, embora se revelem incompatíveis ao volante.

Um abraço e e boa semana.
Jorge P.G.

Oliver Pickwick disse...

E você ainda pode acrescentar Whiskey, bebida norte-americana destilada a partir do milho, em vez do malte, como no whisky.
Saúde!
Um beijo!

deep disse...

por acaso também fiquei surpreendido, pois contava como adquirido o uso da dita bebida na grafia usada correntemente com "w" ...obrigado pelo momento...
um abraço

Teté disse...

Ah, mas o Mário Castrim já brincava muito com estas palavras pondo-as numa escrita aportuguesada...

Contudo, algumas palavras têm mesmo designação em português Francoforte (Frankfurt), quebra-luz (abat-jour) ou cacharolete (cocktail), embora sejam pouco usadas...

Mas podemos sempre escrever a palavra original em itálico, no caso de poder suscitar dúvidas! :)

Leonor disse...

Jorge

Sabe que eu, até este curso que estive a tirar de revisão de texto (por pura curiosidade) nunca tinha dado pelo facto de algumas palavras estrangeiras já terem sido aportuguesadas, e muito menos há tanto tempo, de modo que, nalgumas fiquei verdadeiramente "escandalizada".
Então topónimos não dá para acreditar!! Nunca tinha ouvido Francoforte, para ser franca, mas há muito pior (na minha modesta opinião, claro). Descobri, por ex., que Osaka é Osaca, Saara ou Sahara é Sara????, mas enfim, estes ainda é como o outro (embora eu nunca os tencione usar), atgora Listenstaina é daquelas coisas para as quais qualquer cristão vai precisar de tradução. eu dou: é Liechenstein, de acordo com o Prontuário Ortográfico de Castro Pinto, 8ª edição.

Em relação aos revisores, tem toda a razão, era mesmo pura ignorância da minha parte, da qual faço aqui mea culpa sem itálico porque aqui não consigo usar.

bom fim de semana

Leonor disse...

Oliver, isso é batota!!! Isso não conta já como outra bebida???

nunca percebi muito bem a distinção entre essas duas bebidas, se é que são duas bebidas... eu voto mais no Gin (tónico)

e aí no Brasil, imagino que também escrevem uísquinho, como dizem os vossos actores, não?

Leonor disse...

CM

há muito tempo que não me sentia tão ignorante como neste curso, mas enfim, também não tenho pretensões a saber tudo.

se for ver ao Prontuário Ortográfico vai se calhar ter a mesma surpresa que eu tive. Estou desconfiada que, quando vier o novo acordo ortográfico, com o qual eu concordo, vou passar a re-utilizar o ph para pharmácia...

Leonor disse...

Teté

Aaaaaaaaaaaalto e para o baile!!!

mas onde é que já viste cacharolete???? tive que ir ao dicionário e reza assim: bebida alcoólica, formada de mistura de vários licores.

Cheguei à conclusão que se em alfama fossem espertos, em vez de shots, vendiam cacharoletes aos estrangeiros e diziam que era very tipical, mas tirando esse pequeno pormenor, onde é que já viste dizer que têm cacharoletes????

diz lá livros do Mário Castrim para eu ler, já que desconhecia que ele tb fazia graças dessas.

Esta semana está a ser dura para a minha auto-estima .....

Antunes Ferreira disse...

No Dia do Trabalhador trabalhaste bué, como diriam os meus netos. Diriam - e dizem. Bué é quê? Estrangeirismo? Maneirismo? Cataclismo? Ou issomismo?

Ainda agora, no meu travessadoferreira.blogspot.com (aproveitp para fazer uma pub.zinha pobrezinha) eu grafei partenére. Já se usava compére nas revistas do Parque Mayer (ou Maier?). É uma adaptação minha ou uma invencionice? E uso nos meus imeiles também a fórmula imilios.
E em vez de beijinhos, boto queijinhos. Ora, para mim, nada disto vai em itálico, em bold (ou negro ou negrita).

E há quem diga sitio em vez de site, mas sites cada vez há mais, tal como os blogs, que outros preferem blogues.

Mal de nós (e dos revisores que ainda restam, sendo como são espécimes em vias de extinção) se recorressemos quotidianamente ao itálico. NB - Os revisores eram, são e serão uélcames. E há alguns muitíssimo bons, apesar de.

Uéle mai diare. Iare ai léte ei lote ofe quiçis, ór chizes tu iu. Bai bai, Lianor (sem itálicos)

Leonor disse...

Antunes Ferreira

Claro, também sei que tem raZÃO, mas ele há coisas a que não me consigo habituar. e se há pessoas que conseguem fazer bem a ponte, eu por exemplo dou em regredir, linguisticamente falando, claro

de, para dar um exemploi, só percebi metade da última frase... palavras para quê?

beijinhos

Antunes Ferreira disse...

Inspilico:
Well my dear. Here I let you a lot of kisses or cheeses to you. Bye, bye Lianor (sem itálicos). Já está e muito obrigado pela resposta pronta.
Henrique, o Aéfe

Sara disse...

Para tirar provavelmente precisa saber como fazê-lo e não acho que é para todos, então não importa como você escrever ou dizer a palavra, mas eu acho que temos que ter um lugar para tomá-lo como restaurantes em itaim bibi