sábado, 17 de janeiro de 2009

O homem que matou Sidónio Pais


Ou de como um grupo de anarquistas, a Comuna da Luz liderada por António Gonçalves Correia, instalados perto do Vale de Santiago, Odemira, influenciaram decisivamente a história de Portugal...
A história - muito bem contada - do homem que matou Sidónio Pais, José Júlio da Costa, prende-se inevitavelmente com o percurso da sua vida.
Republicano, pequeno proprietário e conhecido entre os seus por animar as festas e feiras da região - ora como guitarrista, ora como cavaleiro tauromáquico amador, José Júlio da Costa selará o seu destino ao oferecer-se como mediador entre as autoridades e a guerrilha popular que, naquele Outono de 1918, em plena Greve Geral, se aliou à Comuna da Luz - anarquistas, defensores do nudismo e vegetarianismo.
Entre os gritos de "abaixo aos malandros burgueses" ou de apoio "aos camaradas da Rússia" gerou-se em Odemira um combate desigual entre as autoridades e este pequeno grupo de revolucionários, para o qual José Júlio da Costa, tendo levado à sua palavra de honra aos revoltosos em como não lhes iria acontecer nada, em troca da deposição imediata das armas, contribuiu dcecisivamente.
Dizimados pelas forças policiais e enviadas para Angola, no que José Júlio da Costa considerará um plano traiçoieiro das forças policiais, deixaram, no mediador, uma revolta pela quebra da sua palavra, sem que disso tivesse culpa.
Daí até ao assassínio do Presidente da República, vai um passo. Leiam, vale a pena!

4 comentários:

Luís Galego disse...

interessante, para historiadores ou simplesmente amadores de história contemporânea...

um abraço

Teté disse...

Leste ou ainda vais ler? Vale a pena como livro histórico ou é só um enredo romanceado a partir de um acontecimento real?

Beijocas, Leonor!

Leonor disse...

Vale a pena ler, Luis, e lê-se num ápice.

Boa semana!

Leonor disse...

Teté

com as maravilhas da técnica, pos este post para ser editado quando foi, mas não sei porquê, o texto sumiu e só reparei hoje, quando voltei de fim de semana...

Lê, vale mesmo a pena!