segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

As profissões do livro


Na passada quinta feira, a Universidade Católica Portuguesa, no âmbito da sua pós graduação em edição de livros e novos suportes digitais, promoveu uma conferência, aberta ao público em geral, intitulada Booktrades studies in Europe, proferida por Michel Bruillon.


O professor Michel Bruillon é director do Pólo Métiers du Livre, da Universidade Paris X-Nanterre, sendo também coordenador da obra: Les professions du livre: edition, librairie, bibliothèque, com uma 2ª edição revista e aumentada em 2006.


Muito embora tenha, no início da conferência, abordado os problemas do livro, seus suportes e o mercado editorial, de uma forma geral, Michel Bruillon dedicou o seu tempo a reflectir sobre os actores do livro: os editores, livreiros e bibliotecários e sobre a necessidade de uma formação conjunta para estas profissões à volta do livro, como forma de compreensão global de uma mesma realidade.


Esta formação, dada no Pólo a que preside, conjuga assim os aspectos ligados desde a criação do livro, à sua distribuição, venda e disponibilização nas bibliotecas, permitindo uma passagem teórica e prática (dado que existem vários estágios ao longo do curso) pelas várias fases por que passa um livro.


Curiosamente, tirando quem me acompanhava, não vi mais nenhum bibliotecário na sala… é pena.

11 comentários:

MCA disse...

Levei quase um ano para descobrir o seu blogue, graças ao comentário que fez n'O Bibliotecário Anarquista. São poucos (e discretos) os arquivistas na blogosfera. A gora que o (a) descobri, vou tornar-me assídua.

MCA disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Paula Crespo disse...

Pois, este foi o tal seminário a que eu faltei :-)
Acho o conceito muito interessante, este de juntar num só o processo editorial, as livrarias e as bibliotecas.
Ainda temos muito que aprender neste nosso eucaliptal à beira-mar plantado (com os incêndios, cada vez menos o é... hehehe!)

Leonor disse...

Mca

um ano não pode ser: só abri o blog este mês, embora já ande na blogosfera há mais tempo. realmente são poucos há poucos arquivistas .(8ou eu não conheço). já tinha visto o nome do seu, mas ainda não o tinha visitado nem linkado; já vi (pouco ainda) que quem perdeu fui eu.

Leonor disse...

Paula
é, não é? faz-me um pouco de confusão termos separado completamente os cursos de arquivo e biblioteca, parece que são coisas completamente diferentes, sem nada em comum, sem partilhas de recursos, sem linguagens comuns, sei lá.
claro que este curso junta outros conceitos, outras realidades, mas não são menos interessantes, e se calhar deviamos pensar um pouco neles...

Oliver Pickwick disse...

Concordo, querida Leonor! É pena!
Beijos!

Leonor disse...

Caro Oliver
termos uma postura tipo "orgulhosamnte sós" não favorece ninguém, acho eu... beijos

MCA disse...

Leonor, foi lapso meu. Como sou um bocado disléxica e às vezes leio as coisas de trás pra frente e troco as palavras de sítio, vi o seu post sobre Nicola Dale (2007) e confundi com a data do post.
Obrigada pela visita à Biblioteca de Jacinto.

Leonor disse...

MCA

percebo perfeitamente, também padeço desse mal...

Anónimo disse...

Olá Leonor
Parece muito interessante a iniciativa, por princípio, embora na prática tal como disseste eras a única bibliotecária...
Isto porque infelizmente o amor aos livros é apenas um negócio de números e não de letras, e quem circula no meio por vezes lê muito pouco e sabe menos ainda.
Temos um exemplo escandaloso com o que está a acontecer ao Circulo de Leitores/Bertrand, o seu presidente é do mais básico e ignorante que há.
Antes era gestor na Lever e Vodafone....tem tudo a ver, não é?
Beijos
Sofia

Leonor disse...

Sofia,

não era a única bibliotecária, até porque sou arquivista !!!!, mas sim percebo o que queres dizer...

a cultura tb é um negócio, e a forma como isso às vezes gerido nem sempre faz sentido. Sinais dos tempos?