Já não sei bem em que dia chegou, lá para os idos de 1994, mas veio uma bolinha de pelo, tinhosa (deve ter sido por isso que foi abandonado) e muito senhor do seu nariz, apesar da tenra idade. Recebeu o nome de Bernardo, petit nom Bernie. O seu pelo metade branco, metade preto, dava-lhe um tom cinzento de muito bom gosto.
Rapidamente se tornou dono da casa e motivo de conversa em toda a família, tendo mesmo tido direito a fazer parte das minhas quadras no Natal (tradições…). Quase tão depressa contagiou humanos e felinos com a sua tinha: a mim, meu pai e minha irmã mais nova (numa breve incursão em casa dos meus pais)… e aos gatos da Sofia (numa visita nocturna).
Mas nada o fazia parar, nem mesmo o seu muito peculiar feitio (que as más línguas diriam mau). Por isso mesmo era conhecido por toda a vizinhança, a quem fazia questão de visitar pessoalmente mal desse com uma janela aberta.
Sendo o meu gato, aguentou olimpicamente a chegada de mais quatro patas; primeiro o gato vizinho com quem brincava – o Saltitão – depois o Patas, “caído” de um desastre qualquer. Mas tinha sempre a última palavra, qual senhor da casa.
No seu crescimento, passou por várias fases: passeios ao campo, andar só por cima dos móveis, dar cabo do sofá… enfim, mais do que vale a pena agora contar, mas sempre com a certeza do seu lugar e com o seu inegável feitio que acabou por o tornar num gato maduro, certo da sua posição.
Sendo gato habituado a estar à janela, cedo descobriu também as vantagens dos passeios pela via pública, tais como caçadas aos pombos (meras tentativas…) desaparecer durante umas horas/dias e ser senhor do seu destino (que me deixava doente) e conviver com os vizinhos, chegando a ter verdadeiras manias (entrar na casa da vizinha do lado pela porta e só sair pela janela…), enfim, manias que o caracterizavam.
Ultimamente “perfilhou” a segunda geração felina, chegada o ano passado, tornando-se num verdadeiro patriarca, à volta de quem os outros queriam estar. Não deixava, por isso, de ser o dono da casa, o que fazia questão de demonstrar com pequenos direitos que lhe pareciam naturais; o direito ao colo, a estar mais perto da minha cara, etc.
Hoje foi ocupar o seu lugar noutras bandas. Sem sofrer, nas minhas mãos. As saudades que eu vou ter…
Rapidamente se tornou dono da casa e motivo de conversa em toda a família, tendo mesmo tido direito a fazer parte das minhas quadras no Natal (tradições…). Quase tão depressa contagiou humanos e felinos com a sua tinha: a mim, meu pai e minha irmã mais nova (numa breve incursão em casa dos meus pais)… e aos gatos da Sofia (numa visita nocturna).
Mas nada o fazia parar, nem mesmo o seu muito peculiar feitio (que as más línguas diriam mau). Por isso mesmo era conhecido por toda a vizinhança, a quem fazia questão de visitar pessoalmente mal desse com uma janela aberta.
Sendo o meu gato, aguentou olimpicamente a chegada de mais quatro patas; primeiro o gato vizinho com quem brincava – o Saltitão – depois o Patas, “caído” de um desastre qualquer. Mas tinha sempre a última palavra, qual senhor da casa.
No seu crescimento, passou por várias fases: passeios ao campo, andar só por cima dos móveis, dar cabo do sofá… enfim, mais do que vale a pena agora contar, mas sempre com a certeza do seu lugar e com o seu inegável feitio que acabou por o tornar num gato maduro, certo da sua posição.
Sendo gato habituado a estar à janela, cedo descobriu também as vantagens dos passeios pela via pública, tais como caçadas aos pombos (meras tentativas…) desaparecer durante umas horas/dias e ser senhor do seu destino (que me deixava doente) e conviver com os vizinhos, chegando a ter verdadeiras manias (entrar na casa da vizinha do lado pela porta e só sair pela janela…), enfim, manias que o caracterizavam.
Ultimamente “perfilhou” a segunda geração felina, chegada o ano passado, tornando-se num verdadeiro patriarca, à volta de quem os outros queriam estar. Não deixava, por isso, de ser o dono da casa, o que fazia questão de demonstrar com pequenos direitos que lhe pareciam naturais; o direito ao colo, a estar mais perto da minha cara, etc.
Hoje foi ocupar o seu lugar noutras bandas. Sem sofrer, nas minhas mãos. As saudades que eu vou ter…
3 comentários:
Vais ter, sim, mesmo que o bichano tivesse muito mau feitio (o que, pelo que percebi, não era exactamente o caso, talvez algum excesso de personalidade...)!
O único consolo é mesmo pensar que fizemos o melhor que podíamos para dar uma boa vida ao nosso bichano! Pelo menos, foi assim que me consolei e já passaram uns 4 anos. Mas ainda tenho saudades...
Beijoca grande, Leonor!
Como eu sei o que é um bichano com muiiita personalidade! A idade tem tornado o Maltez mais amigável (a idade...)
Lamento a perda.
Beijinhos Leonor.
mmmhhh... sentidos miaus
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