Na Rua do Século, nº 123, quase sem se dar por ele, e por vezes mais visitado por estrangeiros do que por portugueses, existe uma pequena maravilha: o Convento dos Cardaes.
Um dos motivos que o torna tão visitável é sem dúvida a sua azulejaria representando a vida de Santa Teresa de Ávila, verdadeira obra prima holandesa, assinada por Jan van Oort, mas também poderíamos falar da talha, pintura, embrechados… porque não experimentar e ir até lá?
Desde 1876 que o Convento foi cedido à Associação de Nossa Senhora Consoladora dos Aflitos.
Cabe, desde então, às Irmãs Dominicanas a orientação do Convento numa obra de apoio a pessoas com deficiências profundas.
Nessa perspectiva foi aberta ao público uma zona do Convento para visitas e eventos culturais dos mais diversos. De igual modo e porque de monumento histórico se trata, foi iniciado o seu restauro, bem como o seu estudo por investigadores, dando origem a um livro sobre o Convento.
Só é justo dizer que muito do desenvolvimento do Convento nestes últimos anos se deve à Irmã Ana Maria, que, com a sua persistência, boa vontade e permanente sorriso vai conseguindo os necessários apoios, planifica, está lá todos os dias a assegurar que as coisas estão a correr bem
O Convento dos Cardaes está aberto todos os dias das 14,30 às 17,30, com visitas guiadas.
Irá também realizar o seu Jantar anual nos claustros no próximo dia 21 de Junho, às 19,30h, cuja receita reverterá para o restauro do Convento e para as actividades de Verão da sua obras social.
Um dos motivos que o torna tão visitável é sem dúvida a sua azulejaria representando a vida de Santa Teresa de Ávila, verdadeira obra prima holandesa, assinada por Jan van Oort, mas também poderíamos falar da talha, pintura, embrechados… porque não experimentar e ir até lá?
Desde 1876 que o Convento foi cedido à Associação de Nossa Senhora Consoladora dos Aflitos.
Cabe, desde então, às Irmãs Dominicanas a orientação do Convento numa obra de apoio a pessoas com deficiências profundas.
Nessa perspectiva foi aberta ao público uma zona do Convento para visitas e eventos culturais dos mais diversos. De igual modo e porque de monumento histórico se trata, foi iniciado o seu restauro, bem como o seu estudo por investigadores, dando origem a um livro sobre o Convento.
Só é justo dizer que muito do desenvolvimento do Convento nestes últimos anos se deve à Irmã Ana Maria, que, com a sua persistência, boa vontade e permanente sorriso vai conseguindo os necessários apoios, planifica, está lá todos os dias a assegurar que as coisas estão a correr bem
O Convento dos Cardaes está aberto todos os dias das 14,30 às 17,30, com visitas guiadas.
Irá também realizar o seu Jantar anual nos claustros no próximo dia 21 de Junho, às 19,30h, cuja receita reverterá para o restauro do Convento e para as actividades de Verão da sua obras social.
Durante o jantar haverá um Concerto de Guitarras com Percussão e Dança Oriental, com as seguintes presenças:
Luísa Amaro – Guitarra Portuguesa
António Eustácio – Guitolão
Tiago Pereira – Percussão oriental
Gonçalo Lopes – Clarinete
Rita Fontes – Dança oriental
De uma forma ou outra, não deixem de conhecer o Convento: vale a pena a visita, já a fiz várias vezes!
9 comentários:
Primeiro, já comecei gostando do nome deste logradouro: Rua do Século. Se algum dia for prefeito da minha cidade natal, batizarei uma rua com este nome. ;)
Na última fotografia do post, a que exibe os famosos azulejos portugueses, é como olhar para as antigas construções da Bahia, e de muitos outros estados do Brasil. Temos um verdadeiro "arsenal" de trabalhos deste tipo e, felizmente, muitos em ótimo estado de conservação. Parte da memória do seu país está muito bem guardada aqui.
Um beijo!
estimada amiga aqui respira-se conhecimento e sabedoria :-)
gosto de assimilar...
obrigado.beijos
paradoxos
Há já uns largos anos, era eu o chefe da Redacção do Portugal Socialista, (mal) instalado nas salas da antiga Comissão de Censura Prévia, ao Bairro Alto, revivi momentos que passara naquele lugar de fado e meninas fáceis, quando começava a escrevinhar no Diário Ilustrado, o primeiro jornal da tarde a sair, pela uma da tarde, mais coisa, menos coisa, antes portanto do República, do Lisboa, do Popular e assim.
Dei por mim, por uma tarde de Maio ensolarado – agora, com o Mundo e o tempo às avessas, chove que se desunha – acabado de fechar a edição do semanário do PS (cujo director era o Mário Sottomayor Cardia, meu camarada, grande e saudoso Amigo, com quem, anos antes, éramos dois jovens, tinha estado detido na PIDE), dei por mim a calcorrear as ruas estreitinhas do bairro.
E, de repente, fui atropelado pelo Convento dos Cardaes. Tantos anos por ali passara, subindo ou descendo a Rua do Século, e nunca me despertara a atenção. Dessa feita, tudo foi diferente. Entrei, não por motivos religiosos – fui católico, porém curei-me… - mas para me aperceber das preciosidades que o edifício encerrava.
Sem ser deslumbrante, foi-me aliciante. E lá voltei umas duas vezes mais, para rever os azulejos e o resto. Em 2003, bem mais perto, descobri em livraria avulsa o livro «O Convento dos Cardaes» de Ana Maria Viana, 244 páginas, capa dura, editado pela Quetzal. Claro que o comprei.
De acordo com a editora, trata-se de um roteiro em álbum de um belíssimo monumento que se ergue na Rua do Século, em Lisboa, mas que para muitos permanece desconhecido. Através da contribuição de vários especialistas (entre os quais Vítor Serrão e José Meco), é possível percorrer um espólio arquitectónico, artístico e decorativo difícil de imaginar e sobre o qual tem sido feito um grande esforço de restauro.
Arquivado estava o tema numa qualquer zona cerebral, quando a Leonor mo traz, de novo, à superfície. Esta jovem é – muito mais do que Arquivista – uma verdadeira Arqueóloga das mais diversas artes e condimentos. Pronto, menina, lá volto eu ao convento. Dos Cardaes, claro. Lagarto, lagarto, lagarto.
Oliver
Nem estava a perceber o que queria dizer. Estamos tão habituados a chamar as coisas que às vezes não nos lembramos mais do seu signig«ficado, mas tem razão sim: rua do Século é um excelente nome. Nunca fui ao Brasil (apesar de estar tão na moda como destino de férias de portugueses - quem fica a perder sou eu, claro) mas já vi imagens da Bahia. E tem razão, é como se guardassem aí também alguma memória nosssa
beijos, bom fim de semana
Eduardo
aqui respira-se, sobretudo, gostar de passear e trocar informaç~ºoes.
trabalhar em arquivos tem as suas vantagens...
bom fim de semana
Caro Henrique
Vê como eu tenho razão em dizer que deveria escrever mais? as suas memórias são prodigiosas e escreve com uma enorme facilidade.
Pois volte ao Convento, seja porque razão for. um bom passeio (andar para mim é terapeutico) e ver arte, seja em que manifestação for, é sempre uma maneira agradável de passar o tempo
beijinhos
Olha, nem nunca tinha ouvido falar, mas acho uma óptima sugestão.
Não sou católica (embora tenha sido educada como tal), mas adoro ver Igrejas, Mosteiros e Conventos antigos. É que eles transmitem-nos "conhecimentos" de alguns pedaços de história... ;)
Teté
É um convento muito pouco conhecido pelos "locais" acho eu. Para ser franca, eu também só conheço porque a minha mãe passou a fazer voluntariado cultural lá: fazer as visitas guiadas.
Espantosamente vem nos guias estrangeiros, portanto tem muitos visitantes do Norte da Europa...
E olha que vale a pena a visita, o interior é bastante interessante
bsj
Conheci este espaço maravilhoso há cerca de um mês. Concordo com tudo o que diz acerca dele. Na página OLHARES do meu blogue pus uma conjunto de fotos que ilustram bem a riqueza artística que ali se guarda.
Gostei do seu blogue.
Saudações bloguistas
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