domingo, 1 de junho de 2008

O (grande) Plátano de Portalegre


Plátano de Portalegre, 1888

Plátano (Platanus orientalis) : “árvore de folha caduca. Resistente aos fumos e condições adversas da atmosfera das cidades. Boa madeira de marcenaria. Árvore de grande porte e crescimento rápido.”

Assim a definem Francisco Caldeira Cabral e Gonçalo Ribeiro Telles no seu livro A Árvore em Portugal, que me lembrei de ir consultar após ter lido a notícia sobre as “obras “ de beneficiação dos suportes do plátano existente no Rossio de Portalegre que a Fundação de Serralves está a proceder.

Para mim não é uma árvore qualquer. Acontece que também já me sentei à sua sombra, já por ela passei várias vezes e, de facto, a dimensão daquela árvore e o espaço de socialização que acabou por se criar à volta do seu enorme tronco e da sua sombra em terra alentejana de (imenso) calor tornam-na num elemento vivo da cidade, na qual foi plantada em 1848…

Quantas memórias, quantas gentes já por lá passaram… também as minhas, de resto, as de meus avós, as de minha mãe.

Aqui fica, em imagens, uma breve “genealogia” do Plátano de Portalegre

S/d



Anos 40 (Séc. XX)

2007



2008

Imagens retiradas de:

Platano Revista (as mais antigas)

A de 2007 de aqui

A de 2008 de aqui

14 comentários:

Alexandre disse...

Um post completíssimo e uma perfeita homenagem a uma cidade lindíssima, sede de distrito da terra da minha mãe, Galveias - Ponte de Sor!

Hoje em Dia da Criança andei a divagar por vários... registos!!!

Um beijinho muito grande, Leonor, e uma óptima semana!!!

Rui disse...

Também já me deu guarida.

Antunes Ferreira disse...

A minha mãe era quase de Portalegre, pois foi viver para lá aos 17 mesitos. Os meus avós moravam na Rua da Infantaria 22, ali na esquina justamente antes da Corredoura.

Quantas vezes, menino, fui com o meu avô ao Rossio - onde fui apresentado ao Senhor Plátano. E também ia pela mão dele à Feira das Cebolas. Onde havia «balões de subir» e torrão d'alicante. Que a Dona Rosa Carinhas cortava com uma grande faca e vendia as porções. De lamber os beiços.

Hoje, sou mais da casa do José Régio. E dos Cristos. Não disse do Cristo. Mas não desdenho uma visita de amigo ao senhor Plátano. Dar-lhe um abraço é que não. Tem maior diâmetro do que eu.

Leonor disse...

Alexandre

ah, também conheço, conheço bem aquela zona, de resto, de que gosto bastante.
Gostei bastante de fazer este post, quase tanto como estar debaixo do plátano para fugir ao calor... ou simplesmente na conversa

beijinho, boa semana

Leonor disse...

Rui

Com a sua idade, a largura de tronco e a extensão da sua copa, o "arquivo social" daquele plátano deve ser imenso...

Leonor disse...

Caro Henrique

Não fazia ideia que tinha vivido em Portalegre... é caso para perguntar onde é que não viveu...
tenho que lhe fazer umas perguntinhas sobre Portalegre, então

beijinhos

Anónimo disse...

Um senhor, Plátano, portanto...
Boa semana

Teté disse...

Olha aí está uma cidade portuguesa que não conheço.

Mas o plátano é realmente imponente!

Fiquei com ideia que Portalegre é a tua terra natal, não é?

Jinhos!

Leonor disse...

Jasmim

è mesmo

beijos, boa semana

Leonor disse...

Teté

Não conheces??? tens que colmatar esssa lacuna... não, não sou de lá, sou alfacinha de gema, que é uma expressão ridicula, mas a minha mãe e os meus avós são.

bsj

Ka disse...

Lindíssimo este plátano. Já viste se ele falasse as histórias que teria para contar???

Beijos e um bom dia

Leonor disse...

Ka

não tenhas dúvidas que seria um belissimo arquivo de história social... ou da vida quotidiana, como quiseres chamar-lhe...

beijinhos

Oliver Pickwick disse...

Esta árvore protagonizou uma verdadeira odisséia. Gostei, também, das fotografias da bonita cidade que o abriga.
Ótimo relato.
Um beijo!

Leonor disse...

Caro Oliver

mas a´no Brasil, vocês têm para a troca... sempre gostei de ler os livcros de José Mauro de Vasconcelos...

beijos