O meu primeiro contacto com o povo tibetano foi seguramente com o livro de Hergé Tintin no Tibete.
Nesse livro, publicado inicialmente em 1958, Hergé mostra os usos e costumes desse povo, descrevendo também um pouco do budismo, já que ainda se tratava de um Tibete independente. Por pouco tempo, é certo, já que a ocupação do país pelo exército chinês em 1959 e o exílio forçado do chefe espiritual do budismo tibetano, o Dalai Lama, fariam do povo tibetano um assunto praticamente desaparecido.
É certo que nos dias de hoje temos muito mais conhecimento sobre o que é o budismo, temos acesso às palavras do Dalai Lama, que ainda o ano passado esteve em Portugal, mas quanto ao povo tibetano e ao que se tem passado nestes últimos dias, dificilmente temos alguma informação.
Para este povo longínquo, de onde não há notícias, imagens ou números, não poderia deixar aqui de registar uma das poucas imagens de que tive conhecimento e me marcou. Porque os direitos humanos também passam por ali.
imagem retirada daqui
10 comentários:
Não fazia ideia de que já tivesse sido há tantos anos.
E de Tintin, também gosto... como de quase toda a BD!
É uma vergonha ver, uma vez mais, os interesses económicos atropelarem os direitos humanos. E não em venham falar de boicotes aos produtos chineses, porque sem eles o país parava... ou isto se resolve com pressão a sério a nível governamental (de países a sério, claro) ou então será mais um massacre a que assistiremos via televisão...
Já fiz um post sobre o que está a passar no Tibete.
É importante que alguém, de alguma forma, dê voz àquele povo.
Beijinhos e veludinhos
Solidarizo-me contigo em pensamento também pois não há direito que haja este "silêncio" e esta cegueira a nível internacional.
Beijo
Teté
pois, parecendo que não, o tempo vai passando...
O Tintin tinha esta grande vantagem de ser tb um roteiro cultural, claro, mas retira-se sempre alguma coisa da boa bd:)))
Ver agora que o Dalai Lama ainda vai ter que se defender da acusação chinesa de que estará por trás destas manifestações rafeiro, ainda consegue ser a coisa que mais me deixa perplexa em toda esta situação.
Vai-se gastar tempo e dinheiro com essa questão, quando o que está em jogo não é exactamente isso.
E entretanto para quem está preso ou tem de viver naquelas cidades isso serve-lhes de quê?
Blue, eu sei, já vi o seu.
Mas achei e acho que esta situação merece ser falada... tanto mais que começo a pensar que tudo ficará igual.
beijinhos
obrigado ka beijinhos
...concentramos a produção e o poder deixando que o ter se sobreponha ao ser...e alguem tem de pagar isso..hoje será o Tibete que se faz noticia...mas outros ficarão calados...
um abraço
gostei
CM
O tempo do ter e não do ser é sempre um primado pouco dignificante. e no entanto é nele que vivemos e é por ele que somos julgados. quem não o fizer será sempre um outsider... ou ficará calado.
volte sempre
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