Com a chegada da última 5ª feira à noite no Museu Nacional de Arte Antiga, não podia deixar de ir ver o documentário de João Mário Grilo O Tapete Voador, a propósito da exposição Tapete Oriental em Portugal.
E foi na verdade muito interessante viajar naquele fim de tarde até ao Irão e tomar conhecimento dos modos de feitura dos tapetes: quer tradicionais quer já com novas tecnologias, mas seguindo as receitas de tintas tradicionais.
Onde a harmonia das cores não pode ser posta em causa sob pena de o tapete não cumprir a sua missão de paraíso na terra, retratando nas salas o que a natureza nem sempre permite ter: flores, pássaros, animais, etc.
Daí que o papel da tecelã seja fundamental - e é uma profissão que pode começar muito cedo (um dos exemplos retratado indicava os 8 anos) - sendo a sua técnica, experiência e dedicação visível nas suas obras.
Mas sobretudo, a produção de tapetes é também fruto dos saberes e experimentação de um povo, que a ela se dedicam: por isso mesmo referem no filme que as cores dos tapetes do Irão são resultado de experiências com 3000 anos, até ter sido obtida a almejada harmonia das cores.
Na próxima vez que pisar um tapete (mesmo que não seja do Irão) vou com certeza olhar com mais atenção.
6 comentários:
Que coisas lindas, parecem tapeçarias. Quando o meu computador recomeçar a funcionar direito, vou também recomeçar a postar sobre A Dama e o Unicórnio.
Quanta saudade de vc, amiga! Vc pode ir tranqüilamente ao meu Blog para apreciar o meu novo post, porque só há a crítica de um filme e alguns poemas, devido à joça desse computador. Conto com você.
Um abraço,
Renata
wwwrenatacordeiro.blogspot.com
Estamos tão habituados às coisas que nos cercam quotidianamente que acabamos por não lhes conhecer a sua "história de vida".
Renata
Ora aí está um tema interessante para postar, tenho a certeza que me vai dar imensa informação.
Tem que arranjar o seu computador mesmo!!
Beijos, resto de boa semana
Legível
no filme, um dos iranianos referia precisamente que os ocidentais têm um relacionamento diferente com os tapetes: colocam-nos nas paredes, enquanto que para eles, orientais, o tapete era o centro da casa, já que não tinham mobílias.
Não será certamente o caso hoje em dia nas cidades, pelo menos, mas é concerteza uma maneira diferente de conviver com o que nos rodeia. (quanto mais saber a sua história...)
Boa semana
Magníficos e de concepção milenar, é bom que aprendamos a distingui-los dos tapetes do Irão made in China que por aí pululam nos mercados internacionais.
Nota à margem: É curioso, mas também me deu, ontem mesmo, para falar n'O Sino da Aldeia de alguém que nasceu na antiga Pérsia: Zaratustra.
Cumps.
Jorge P.G.
Caro Jorge
Bom, os made in China têm a vantagem de sabermos distingui-los, acho eu...
desculpe a demora na resposta
Boa semana
Enviar um comentário