Pareceu-me justo começar este post com uma imagem de Tintin na China dos anos 30, onde, à semelhança do que fez com outros dos seus livros, Hergé se documentou sobre a história e costumes daquele país, beneficiando do contacto com estudantes chineses a residir na Bélgica na altura.
Vem isto a propósito do imenso folclore em que se tornou a viagem da tocha olímpica. Vi as imagens em Paris e ouvi alguém (?) dizer para as câmaras que se os chineses tinham algum problema em que na Mairie de Paris houvesse cartazes em que o símbolo dos Jogos Olímpicos fosse distorcido com uma algemas era problema deles (foi qualquer coisa deste género), vi as de Londres, já mais agressivas, com direito a apagar a tocha olímpica várias vezes e àquela figura ridícula do Gordon Brown estar ao lado da tocha mas não lhe tocar, e, felizmente, não vi a passagem por São Francisco.
A ideia de ver esta passagem da tocha tornada num evento que não dispensa a presença de uma estrela de Hollywood, Richard Gere, neste caso, e garante a presença dos media, é uma coisa que me transcende.
Não que eu tenha alguma coisa contra a causa Tibetana, antes pelo contrário. Já aqui fiz um post sobre o problema do Tibete. Quando o Dalai Lama esteve em Portugal fui ouvi-lo e gostei bastante. Comprei recentemente um livro sobre o Tibete, cuja história desconheço. O problema não é exactamente esse.
Do que eu não tenho ouvido falar, e gostaria de ouvir, é por exemplo de Hu Jia, activista chinês dos direitos humanos condenado recentemente a três anos e meio de prisão por … incitar à subversão do Poder do Estado. Ou dos direitos humanos na China em geral, como refere um relatório da Amnistia Internacional a propósito da influência dos Jogos Olímpicos nessa questão.
O problema dos direitos humanos na China não se resume ao Tibete.
Que me conste, os líderes mundiais sabiam dos atropelos aos direitos humanos na China antes da decisão de quem iria realizar os Jogos Olímpicos. Verificar que se pondera condicionar a participação na famosa festa de abertura dos Jogos a 8 de Agosto, à abertura de negociações entre Pequim e o Dalai Lama, é, do meu ponto de vista, um insulto a todos aqueles que lutam e sofrem com o problema dos direitos humanos na China. Mas que estão do lado errado da máquina de filmar.
O tom deste registo foge um pouco ao meu habitual. Acontece que há coisas para as quais já não tenho paciência.
Vem isto a propósito do imenso folclore em que se tornou a viagem da tocha olímpica. Vi as imagens em Paris e ouvi alguém (?) dizer para as câmaras que se os chineses tinham algum problema em que na Mairie de Paris houvesse cartazes em que o símbolo dos Jogos Olímpicos fosse distorcido com uma algemas era problema deles (foi qualquer coisa deste género), vi as de Londres, já mais agressivas, com direito a apagar a tocha olímpica várias vezes e àquela figura ridícula do Gordon Brown estar ao lado da tocha mas não lhe tocar, e, felizmente, não vi a passagem por São Francisco.
A ideia de ver esta passagem da tocha tornada num evento que não dispensa a presença de uma estrela de Hollywood, Richard Gere, neste caso, e garante a presença dos media, é uma coisa que me transcende.
Não que eu tenha alguma coisa contra a causa Tibetana, antes pelo contrário. Já aqui fiz um post sobre o problema do Tibete. Quando o Dalai Lama esteve em Portugal fui ouvi-lo e gostei bastante. Comprei recentemente um livro sobre o Tibete, cuja história desconheço. O problema não é exactamente esse.
Do que eu não tenho ouvido falar, e gostaria de ouvir, é por exemplo de Hu Jia, activista chinês dos direitos humanos condenado recentemente a três anos e meio de prisão por … incitar à subversão do Poder do Estado. Ou dos direitos humanos na China em geral, como refere um relatório da Amnistia Internacional a propósito da influência dos Jogos Olímpicos nessa questão.
O problema dos direitos humanos na China não se resume ao Tibete.
Que me conste, os líderes mundiais sabiam dos atropelos aos direitos humanos na China antes da decisão de quem iria realizar os Jogos Olímpicos. Verificar que se pondera condicionar a participação na famosa festa de abertura dos Jogos a 8 de Agosto, à abertura de negociações entre Pequim e o Dalai Lama, é, do meu ponto de vista, um insulto a todos aqueles que lutam e sofrem com o problema dos direitos humanos na China. Mas que estão do lado errado da máquina de filmar.
O tom deste registo foge um pouco ao meu habitual. Acontece que há coisas para as quais já não tenho paciência.
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